Velhice, saúde e longevidade

A velhice é uma fase inescapável da vida, pela qual todos os que não morrem cedo têm de passar e, portanto, deve ser entendida como vontade da natureza. A velhice natural, segundo Gaiarsa (1993), consiste essencialmente num encolhimento, num gradual enrijecimento de todas as estruturas e funções fisiológicas.

E que uma fonte de angústia trazida pelo envelhecimento é o receio de perder a autonomia e a liberdade, de ficar dependente das outras pessoas, imposição causada pela progressiva redução da capacidade física.

Além disso, há perda de perspectiva do futuro e da capacidade de sonhar; predomina a vivência do passado; o presente parece demorado e vazio; o futuro não existe ou, se existe, apresenta-se encurtado e sem atrativos.

De acordo com Gaiarsa (1993), a noção coletiva do velho é má. Ele já não tem mais juventude, beleza física e poder, e passa a serem sinônimos de feiura, rugas, fragilidade e desamparo.

Na conversa usual predomina certo grau de complacência com os velhos, mas o trato real que é dado a eles, os modos, caras, tons de voz, sobretudo as omissões, vão de sofríveis a péssimas. Não se sabe se o que pesa mais sobre os velhos é a idade ou a ideia que eles fazem de si mesmos, movidos pelo modo como são tratados.

Os idosos se ressentem pela indiferença evidente e isso se reflete no alheamento em relação à vida, na alimentação constante de histórias de vitimização e na preocupação negativa com o próprio corpo.

Além disso, contribui para a velhice do velho a licença social de ser omisso, resmungão, queixoso; eles aproveitam para se queixar de tudo que não se queixaram a vida toda.

Para muitos, a velhice começa quando se dão conta de perdas do que nunca tiveram e que, com a velhice, se farão para sempre impossíveis. Sentem, então, a ausência do que fez falta: atenção pessoal, interesse genuíno de alguém, carinho, carícias, acolhida, admiração, encantamento.

Na verdade, o pior da velhice não é a proximidade da morte, mas sim a morte lenta e contínua, a desagregação gradual do corpo e da alma, que é a própria essência da velhice.

 

A interagência, que se dá a partir das práticas naturais, onde um naturólogo  interagente pensa, sente e trabalha conjuntamente, favorece o processo de promoção da saúde e qualidade de vida, além de possibilitar o crescimento de ambos, através de experiências únicas.

As práticas naturais vêm mostrando ao homem que a natureza é uma fonte riquíssima de saúde e qualidade de vida. Nesse contexto, insere-se a Naturologia , eis que aplica justamente as práticas naturais na prevenção de doenças e na promoção da cura, resgatando uma visão integrada do ser humano, percebendo-o como um todo, nos seus aspectos físico, mental e emocional, valorizando-o.

 

Nessa sistemática, o naturólogo aborda a atuação conjunta da Hidroterapia, trofoterapia, da Massoterapia, aliada aos Florais, à Fitoterapia, geoterapia, à aromaterapia, e diálogo.

 

A vida é única e em constante transformação. A aceitação do que se é não é apenas uma resignação, mas é a sabedoria de como lidar com cada fase da vida.

 

Kelly Cordeiro

 “Ninguém é tão velho que não espere que depois de um dia não venha outro.”

Sêneca

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